Acidentes infantis em Estratégia Saúde da Família de Passo Fundo – RS

Isis Freitas, Amanda Wiviane Pereira, Mariza Cervi, Analine Fernandes, Nathalia D´Agostini

Resumo


Introdução: Para a Organização Mundial de Saúde, acidente é todo acontecimento fortuito que determina uma lesão reconhecível e constitui um importante problema de saúde pública pela sua incidência e repercussões. De acordo com a Política Nacional Brasileira de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências, a maioria dos acidentes é prevenível por intermédio da orientação familiar, adequações do espaço físico e cumprimento de leis específicas de precauções.

Metodologia: Estudo transversal, realizado de outubro de 2010 a julho de 2011, envolvendo todas as crianças menores de seis anos acompanhadas pela ESF, cujos responsáveis consentiram em participar mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. O projeto obteve o aval da Secretaria Municipal de Saúde de Passo Fundo e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo/RS. Os dados primários foram obtidos pela aplicação de um questionário aos responsáveis pelas crianças, aplicado pelos pesquisadores, contendo dados demográficos e epidemiológicos. Realizou-se análise estatística dos dados no programa SPSS, versão 18.0.

Objetivo: Verificar a prevalência de acidentes em crianças menores de seis anos acompanhadas pela Estratégia Saúde da Família (ESF) Santa Marta do município de Passo Fundo/Rio Grande do Sul (RS).

Resultados: A amostra foi constituída por 181 crianças acompanhadas pela ESF Santa Marta com idade de inclusão no estudo, onde todos os responsáveis aceitaram participar. A média de idade das crianças foi 37,62±23,03 meses, com 53,6% do sexo masculino. A prevalência de acidentes em crianças menores de seis anos foi de 84,5%, sendo que 77,1% sofreram dois ou mais acidentes. Em relação ao tipo de trauma evidenciou-se um predomínio das quedas de lugares altos e da própria altura. A mãe foi considerada como o cuidador responsável pela criança em 32,0% dos casos e 23,9% estavam sozinhas no momento do trauma. Quanto ao local do acidente, verificou-se que a maioria ocorreu no próprio domícilio (78,3%). Quanto à gravidade, 60,2% foi referido como acidente leve, não tendo sido realizada nenhuma intervenção. Dos 39,8% restantes, 23,1% receberam cuidados no próprio domicílio com medidas gerais e 16,7% precisaram de cuidados médicos.

Conclusão: Esse estudo mostra-se importante e necessário para o conhecimento de acidentes em crianças menores de seis anos, para a formulação de estratégias de orientação sobre prevenção de acidentes e a mudança de postura em relação a eles e, pode servir tanto para minimizar a ocorrência de agravos à saúde na infância, quanto para estimular novas pesquisas.


Palavras-chave


Prevenção de Acidentes; Accident Prevention; Saúde da Criança; Child Health; Programa Saúde da Família; Family Health Program

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