Prevalência de hipertensão arterial e obesidade em escolares de Porto Alegre – RS

Bruna da Silveira Arruda, Jaísa Quedi de Araujo e Silva, Natan Estivallet, Luísa Schuster, Roberta Carvalho da Silva

Resumo


Introdução: Hipertensão arterial(HAS) em crianças varia amplamente sua prevalência.O reconhecimento desta na população jovem tem implicações importantes,é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares.

Objetivos: Determinar a prevalência de HAS em crianças de 6 a 10 anos de uma escola da rede pública de Porto Alegre/RS.

Metodologia: Estudo transversal,realizado no período de novembro de 2011 a janeiro de 2012,com amostra de 127 crianças de 6 a 10 anos. Apilicou-se questionário,avaliando variantes como raça,sexo e idade,e possíveis fatores de confusão da medida da pressão arterial(PA),como uso de café,chimarrão e vasoconstritor nasal.Foi realizado exame físico:aferição da pressão arterial em posição ortostática,medida de peso,altura e perímetro braquial.Os valores obtidos no IMC foram classificados em percentiis como baixo peso,normal,sobrepeso e obesidade.Valores pressóricos foram classificados em:normal;pré-hipertensão;hipertensão estágio 1e hipertensão estágio 2.Foram considerados portadores de valores alterados de PA aqueles participantes que apresentaram valores iguais ou acima do percentil 90.

Resultados: Maioria do sexo feminino(53,54%) com média de idade de 8,14 anos(±1,38).O sexo masculino apresentou médias de PAsistólica(PAS) de 87,79 mmHg(±10,35) e de pressão diastólica(PAD) de 53,22 mmHg(± 8,39).O sexo feminino apresentou médias de PAS de 85,75 mmHg(± 9,23) e da PAD de 51,32 mmHg(± 7,51).Houve apenas um caso de PA igual ou acima do percentil 90,considerada hipertensão estágio 1(percentil 96).As médias de peso,altura e circunferência braquial foram 32,33 kg(±10,87),1,38m(± 0,07),20,66(± 3,48),respectivamente.Uso de café,chimarrão,fumo,álcool ou vasoconstritores nasais(VN) foi referido por 30 crianças(23,62%).16 crianças eram obesas(12,59%),9 foram classificadas com sobrepeso(7,08%) e 6 com baixo peso(4,72%).2 crianças tinham uma estatura baixa para a sua idade(1,57%).

Conclusões: A prevalência de crianças com percentil igual ou acima de 90 ficou dentro do esperado(0,78%).Em ambos os sexos,as médias das pressões ficaram dentro do limite de normalidade.Foi alarmante a quantidade de crianças que estavam fora do seu peso ideal(24,4%),sendo que a obesidade foi a alteração mais prevalente,exemplificando o descuido com a saúde dessas crianças, que poderão ser portadoras de HAS futuramente.

Hipóteses: Diversos estudos longitudinais demonstram que crianças com níveis de PA elevados,mesmo que dentro de limites considerados normais,tende a evoluir ao longo da vida,mantendo uma PA mais elevada que as demais e apresentando maior probabilidade de se tornar um adulto hipertenso.Todos estes estudos têm em comum uma correlação forte entre HAS e relação peso/altura elevada,isto é,HAS está associada a sobrepeso e obesidade.O rastreamento é de grande importância,porque permite ao pediatra identificar crianças com risco aumentado de se tornarem adultos hipertensos,sendo possível iniciar medidas preventivas em idade precoce.


Palavras-chave


Prevalência; Epidemiology; Hipertensão; Hypertension; Obesidade; Obesity

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