A estruturação da preceptoria do internato em saúde da família em Palmas - TO

Flávio Dias Silva, Gecilda Régia Ramalho Vale Cavalcante, Itamar Gonçalves Magalhães, Alessandro Pantoja

Resumo


Introdução: As Diretrizes Curriculares Nacionais (MEC, 2001) preconizam a formação de um médico generalista, com um olhar crítico e reflexivo. O Internato em Saúde da Família tem sido um momento especial para o aprendizado da medicina generalista, mas a articulação entre Universidade e Serviços de Saúde é um desafio a ser enfrentado neste contexto.

Objetivos: Descrever o processo de implantação do Internato em Saúde da Família no Curso de Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Palmas.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Primeiramente o tutor do Internato visitou todas Unidades do munícipio, conhecendo pessoalmente cada um dos médicos, e apresentando a proposta. Os internos foram alocados na proporção de 1/1 em relação ao preceptor. Foram acordados um a dois encontros ao mês entre tutor e preceptores, e este turno contou com três tipos de atividade: reunião sobre o andamento do internato, momento de capacitação pedagógica e momento de educação continuada. Buscou-se apoio com especialistas de outras áreas, bem como de MFC‘s do Grupo Conceição por teleconferência. O apoio do Núcleo de Telessaúde do Tocantins e a liberação dos médicos por parte do município foram fundamentais.

Resultados: A cada 3 meses, uma turma de em média dezoito internos passa pelo Internato de Saúde da Família. Há quinze a dezoito preceptores. As reuniões periódicas têm sido fundamentais para criar uma identidade de grupo entre os médicos da ESF. A UFT tem conseguido auxiliar na preparação e custeio para alguns prestarem prova de título de MFC, e tem conseguido também pagar bolsa de preceptoria para alguns. Foi criada resolução que regula a função de preceptor voluntário dentro da Universidade. A disponibilidade do município em oferecer o campo de estágio e liberar os médicos para os encontros tem sido essencial.

Conclusão ou Hipóteses: O contato do tutor com os preceptores é fundamental. A Universidade pode auxiliar na preparação para preceptoria, educação continuada e titulação em MFC. A remuneração é importante mas não é o fundamental. Aproximar escola e serviço é fundamental para a sustentabilidade do ensino no SUS. Telessaúde é útil neste processo.


Palavras-chave


Internato; Preceptoria; Telessaúde

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