Educação permanente problematizadora para a qualificação do acolhimento na APS no SUS - Goiânia

Patricia G. Amorim, Patrícia Belém Parreira

Resumo


Introdução: Para consolidar o SUS, a foco atual das políticas de saúde é o desenvolvimento das Redes de Atenção à Saúde, coordenadas pela APS. Neste contexto, a reorganização dos processos de acolhimento na ESF é uma prioridade. A Educação permanente (EP) é estratégica para construir a mudança das práticas de saúde no SUS.

Objetivos: O objetivo deste trabalho é apresentar a experiência de EP problematizadora, conduzida pela Coordenação da ESF de Goiânia, visando instrumentalizar apoiadores da ESF, do NASF e da Política de Humanização para ajudar as equipes da ESF a qualificar o acolhimento nas Unidades de Saúde da Família.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A EP acontece em rodas de aprendizagem quinzenais, com duração de 3h30. De agosto a dezembro 2012 aconteceram 7 rodas, com a participação de 20 a 30 pessoas/roda, incluindo apoiadores da APS, gestores distritais, profissional PROVAB e monitor PET Saúde. As atividades desenvolvidas foram: problematização do método da roda; diagnóstico da situação do acolhimento na ESF, por distrito sanitário (DS); discussão de experiências de acolhimento na APS no Brasil; formulação de proposta de apoio às equipes SF para a qualificação do acolhimento na ESF em cada DS. A próxima etapa da EP, a partir de fevereiro 2013, visa dar suporte e ferramentas aos apoiadores, para a implementação destas propostas.

Resultados: A avaliação das rodas e do processo de aprendizagem, pelos participantes, ao final cada encontro, mostrou que mudanças são desejadas, percebidas e expressas pelos apoiadores, que se sentem mais compromissados e responsáveis pela construção do ACOLHIMENTO na ESF, e já vislumbram caminhos de ação junto às equipes. Se reconhecem mais como grupo, se sentem mais acolhidos, mais ainda não suficientemente empoderados para exercer plenamente o seu papel de apoio na implantação do ACOLHIMENTO, o que aponta e reforça a necessidade da continuidade das discussões e apoio para as ações.

Conclusão ou Hipóteses: A ampliação do acesso e da resolutividade em saúde requer o uso de tecnologias leve-duras (conhecimento técnico) e leves (relacionais), em detrimento das tecnologias duras (máquinas e instrumentos), na produção do cuidado. A EP problematizadora focada no fortalecimento do apoio institucional e matricial à APS é um caminho promissor para qualificar e humanizar as práticas de saúde no SUS.


Palavras-chave


Educação Permanente; Acolhimento na APS; Apoio Institucional e Matricial

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