Análise da frequência de consultas ofertadas a pacientes do programa hiperdia

Karina Bittencourt Medeiros, Ananda Beatriz Munhoz Cretella, Ana Magda Magnani, Carolina de Sousa Tóffoli, Geraldo Batista da Costa

Resumo


Introdução: Hipertensão de Diabetes são doenças bastante prevalentes na população geral. A aderência ao tratamento depende de vários fatores, dentre eles mudanças no estilo de vida (exercícios físicos regulares, alimentação saudável), interesse sobre o conhecimento de sua doença e a repercussão no seu cotidiano e a relação médico-paciente. A consulta médica é uma importante ferramenta de acompanhamento desses pacientes, por isso não se deve perder o seguimento, mantendo consultas periódicas.

Casuística e Método: Foi realizada análise transversal retrospectiva via preenchimento de formulário de pacientes cadastrados no programa HiperDia da Microárea 125 da Unidade de Saúde Guaraituba de Colombo e que participaram de pelo menos uma das últimas três reuniões do Programa de maio a agosto de 2011 e aqueles que foram dispensados mediante a justificativa. O parâmetro analisado foi o tempo em meses em relação à última consulta. Os prontuários físicos eram selecionados de acordo com a lista de presença das reuniões do Hiperdia e separados juntamente com os Agentes Comunitários de Saúde de uma Microárea.
Objetivo: Analisar a frequência de consultas ofertadas a pacientes cadastrados no Programa Hiperdia da Unidade de Saúde da Família Guaraituba de Colombo-PR.

Resultados: Dos 114 pacientes avaliados, 76 eram mulheres (63%) e 44 homens (37%), a média de idade 61 anos. Pacientes exclusivamente hipertensos perfazem 65,38% dos participantes do programa, exclusivamente diabéticos 1,54% e hipertensos e diabéticos 26,25%. Foram identificados 8 pacientes (6%) que participavam do Programa e que não recebiam nenhuma medicação pela USF e 1 paciente com dislipidemia. Dos pacientes avaliados, 60 (53%) tiveram consulta com frequência menor que 3 meses, 29 (25%) entre 3 e 6 meses e 25 pacientes (21,93%) não consultam há mais de 6 meses, sendo que parte deles estão há mais de um ano sem consulta médica.

Conclusões: Levando em consideração a alta taxa de complicações em pacientes hipertensos e diabéticos e a recomendação de pelo menos uma consulta médica a cada 6 meses para estes, independente do risco, nota-se certa deficiência no programa desta USF. O seguimento desses pacientes torna-se muitas vezes distante, dificultando a relação médico-paciente, ponto importante para aderência ao tratamento e às mudanças de estilo de vida e para a prevenção de complicações. Ressaltamos a necessidade de criação de métodos agendamento programado e busca ativa de pacientes sem acompanhamento para otimizar o controle das patologias de base.

Palavras-chave


Hipertensão Arterial; Diabetes Mellitus

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