Sou mulher, serei médica: a participação feminina na prática médica me estimula

Livia Maria Ferreira Sobrinho

Resumo


Introdução: Historicamente constata-se o enfrentamento e conquistas de grupos sociais e personalidades individuais contra os visíveis privilégios para os homens. E, nessa perspectiva histórica ressalta-se a Constituição Brasileira de 1988, que embora represente um importante avanço no que se refere ao estabelecimento da igualdade entre os sexos, valorização e de respeito às suas diferenças, a luta em relação à construção de gênero continua. Da reflexão sob o que as mulheres buscam nesse ponto de vista da construção de gênero, segundo os valores, sentimentos e sonhos individuais suscita o desejo de compreender o caminho escolhido: ser mulher e querer ser médica.

Objetivo: Analisar a evolução da participação feminina na prática médica, a partir de evidências em publicações, documentos e depoimento pessoal.

Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, realizado em dois momentos de execução. No primeiro momento procedeu-se uma revisão bibliográfica integrativa em que foi realizada busca de textos indexados em bancos de dados online, de acesso público. No segundo, apresenta um depoimento pessoal e informações de documentos da Instituição de ensino, na qual estuda a depoente. As variáveis de interesse consideradas na pesquisa foram: “mulher, família e sexualidade”; “mulher e mercado de trabalho”; “mulher, medicina e história.

Resultados: Os estudos brasileiros sobre mulher, família e sexualidade apresentam-se diversificados, ou seja, enfocam aspectos tanto historiográficos, como sócio-antropológicos e psicológicos. Sobre o mercado de trabalho, em especial da presença feminina na medicina a participação da mulher é descrita com exemplos sobre a evolução dessa participação nesses contextos. Da leitura analítica e interpretativa dos documentos selecionados, que resultaram na contextualização da temática e discussão sobre fatores propulsores da evolução da ampliação dos direitos femininos é possível afirmar que, embora muitos dos fatores apresentados possam ser considerados fragilizantes, quando se discute a construção de gênero, eles devem ser apontados, também, como desafiantes à mulher na busca de sua realização plena. Sobre a formação de médicas no Brasil, com enfoque em Minas Gerais constata-se um aumento gradativo do acesso feminino ao ensino superior em todo o Brasil e, especialmente no estado de Minas Gerais.

Conclusão: O tema objeto do estudo instiga a reflexão sobre o sentido de ser mulher, não apenas no aspecto biológico, social e cultural, mas, sobretudo biográfico e histórico.


Palavras-chave


Mulher; Medicina; Profissão

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