Mecanismos e repercussões clínicas da asma induzida por aspirina: revisão sistemática

Rubens Luz Malamin, Kamilla Tuanny Braudes de Sinai, Ana Luísa Euqueres Ribeiro, Rhuan Cardoso, Tássia Alves Gouveia, Thales Alves de Souza, Wagner Rodrigues Munhoz, Nathan Mendes Souza

Resumo


Introdução: A Aspirina é altamente prescrita por seus benefícios como inibidor da agregação plaquetária. Existem vários efeitos adversos, destacando-se a asma induzida pela hipersensibilidade à Aspirina. Muitos efeitos adversos ocorrem mediante a inibição da enzima ciclo-oxigenase-1, porém permanecem incerto os mecanismos dessa indução e suas repercussões clínicas.

Objetivos: Analisar os biomarcadores da asma induzida por Aspirina e suas repercussões clínicas.

Metodologia ou descrição da experiência: Buscou-se por artigos publicados até novembro de 2013 nas bases eletrônicas Embase, Science Direct, Lilacs, MedLine (via PubMed) e PMC. Critérios de inclusão: adulto com asma, intolerância ou sensibilidade à Aspirina; Critérios de exclusão: animais, crianças, pacientes com DPOC, enfisema pulmonar, bronquite crônica, pneumonia e tuberculose. Realizou-se a seleção de artigos, extração de dados e avaliação da qualidade metodológica por pares de pesquisadores independentes e resolveu-se discordâncias mediante discussão.

Resultados: Incluiu-se 15 estudos cujos resultados foram variados. A prevalência de hipersensibilidade à Aspirina aumenta significativamente em populações com polipose nasal, sinusite, atopia ou asma. Referente aos biomarcadores causadores da asma induzida pela Aspirina, predomina a COX-1 e COX-2, Leucotrienos E4 e prostaglandinas D2 os quais quando inativados causam a asma induzida pela Aspirina. Referente as as repercussões clínicas em pacientes asmáticos que fazem uso da Aspirina e tem crise asmática desencadeada pelo uso deste medicamento, as evidências apontam para manifestações nasais, broncoespasmo, rinossinusite e dispnéia.

Conclusões ou hipóteses: Há boa base evidenciária demonstrando os biomarcadores da asma induzida por Aspirina e suas repercussões clínicas. Os leucotrienos, prostaglandinas e COX's; principalmente COX-1, predispõem processos inflamatórios que podem ocasionar congestão nasal, dispnéia, broncoespasmo e rinossinusite crônica. Recomenda-se, portanto, uso restrito e/ou substituição da Aspirina em pacientes asmáticos.




Palavras-chave


Asma; Aspirina; Intolerância

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