Perplexidades: crianças diante de ambiente de extrema vulnerabilidade no Sol Nascente-DF

Sávia Gonçalves Oliveira Melo, João Pedro Braga Félix, Thais Martins Gomes, Rebeca Soares de Souza Araujo, Josenaide Engracia dos Santos

Resumo


Introdução: A pobreza extrema é uma realidade presente na comunidade Sol Nascente, fator importante para compreender o desenvolvimento psicossocial da criança e intervir com orientações por parte da equipe multiprofissional da Atenção Básica.

Objetivos: Relatar as orientações e intervenções do projeto de extensão Saúde Integral da Universidade de Brasília em parceria com equipe de saúde da família, realizadas durante o ano de 2013 com crianças de famílias carentes que residem no Sol nascente.

Metodologia ou descrição da experiência: Visitando famílias no território, os aspectos que chamaram a atenção foram às crianças vivendo em situação de muita carência. A situação de ausência de escola, alimentação, falta de lazer e tráfico na área, provocou angústia na equipe: O que fazer diante da complexidade dos problemas apresentados? Para isso a equipe de multiprofissionais, formada por psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, odontólogos e nutricionistas, orientaram com brincadeiras as crianças quanto à alimentação, verificaram as medidas antropométricas, cuidado com a saúde bucal, orientação quanto à caderneta da criança, ida a unidade de saúde, benefícios sociais e possibilidades de lazer na área.

Resultados: As intervenções apesar de serem realizadas em ambiente de escassez, despertaram a vontade fazer algo mais para produzir sentidos para crianças, que transpassa a observação puramente clínica, adicionando uma grande pitada de sensibilidade e escuta. A dor que pulsa na miséria é um desafio permanente para orientar o universo da criança. O resultado mais concreto é o esboço do sorriso das crianças diante de estetoscópio, balança de peso, arcada dentária utilizada para informar sobre a limpeza bucal e a forma afetiva dos estudantes que brincavam com as crianças para estimular o lado psicossocial, mesmo diante de tamanha introversão percebida.

Conclusões ou hipóteses: É de extrema importância prestar atenção a todo o contexto do domicilio e território para estimular a família a refletir sobre as diversas carências daquele universo que produz efeito na criançada, bem como apostar na técnica de escuta e sensibilidade nas práticas de saúde.

 


Palavras-chave


Cuidado da Criança ; Psicologia da Criança ; Assistência Integral à Saúde

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