Rastreamento para Câncer de Mama em Unidade de Saúde da Família (UFS) de Porto Alegre - RS

Bruna da Silveira Arruda, Jaísa Quedi de Araujo e Silva, Natan Estivallet

Resumo


Introdução: O câncer de mama é o tipo de neoplasia ginecológica mais frequente. No Brasil, ainda há altas taxas de mortalidade, e muitos casos da doença são diagnosticados tardiamente. A forma mais eficaz disponível para a detecção precoce é o exame clínico das mamas que deve ser realizado anualmente em mulheres a partir dos 40 anos, e a mamografia, que deve ser realizada a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos, segundo o Ministério da Saúde do Brasil.

Objetivo: Estabelecer a cobertura de exames de mamografia de uma unidade de saúde da família e determinar o perfil da população atendida dentro deste grupo de mulheres dos 40 anos em diante.

Metodologia: Estudo descritivo de corte transversal. Foram coletados do prontuário de cada paciente: idade, cor, número de gestações, tempo de amamentação, tabagismo, consumo de álcool, antecedente pessoal e/ou familiar de câncer de mama, histórico mamográfico e exame físico das mamas.

Resultados: Foram revisados os prontuários de 57 mulheres, com idade média de 58,92 ±6,34 anos, todas moradoras da área de abrangência da unidade estudada. A raça é branca em 14 (24,56%) mulheres, o dado não foi preenchido em 43 casos. O número de gestações foi disponível em 28 prontuários (49,1%), sendo que 10 (17,5%) mulheres tiveram até 2 filhos e 17 (29,8%) mulheres tiveram 3 ou mais filhos na vida. O tabagismo é presente para 15 (26,3%) mulheres. Etilismo foi encontrado em 1 (1,75%) paciente. A história familiar de câncer de mama esteve presente em 7 pacientes (12,3%) e 1 paciente (1,75%) apresentou história familiar de outro câncer ginecológico. A idade da menarca ocorreu entre 9 e 15 anos, com média de 12,45 ±1,52 anos; enquanto que a menopausa ocorreu entre 40 e 54 anos, com idade média de 47,98 ± 3,42 anos na amostra coletada. Coletaram mamografia no período de 5 anos 25 mulheres (43,86%), sendo 87% normais (bi-rads I ou II). Em 2011 (último ano) coletaram o exame 17 mulheres (cobertura anual de 29,82%). Dados sobre o exame clínico das mamas e tempo de amamentação não estavam disponíveis.

Conclusão: Levantamentos como este são importantes para o planejamento das ações de saúde e estabelecimento de metas para o serviço. Destaca-se a alta prevalência de tabagismo e o baixo número de mulheres submetidas ao rastreamento mamográfico. Ações como busca ativa e campanhas de educação em saúde podem melhorar estes índices.

Palavras-chave


Saúde da Mulher; Mamografia; Rastreamento

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