Busca do tratamento da hanseníase para prevenção de novos casos: revisão literária

Isabella Cunha, Amanda Larissa Moser, Fernanda Alquini

Resumo


Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa e de alta endemicidade transmitida pelo Mycobacterium leprae. Por ser um problema de saúde pública mundial, muitas pesquisas são realizadas a seu respeito. Atualmente, seu tratamento é feito em nível ambulatorial utilizando a combinação de quimioterápicos sistêmicos, denominado poliquimioterapia (PQT), o qual inclui a rifampicina, dapsona e clofazimina.

Objetivos: Coletar informações, em documentos científicos, a respeito da hanseníase, com o intuito de verificar se o tratamento atual é eficaz; observar os índices de casos após a aplicação da PQT e, identificar os possíveis fatores que influenciam na busca tardia do diagnóstico e tratamento.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo qualitativo, no formato de pesquisa bibliográfica, com auxílio de livros, artigos científicos nacionais e internacionais disponibilizados em ambiente virtual de revistas como a Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Hansen Int.; Revista Brasileira de Epidemiologia; dissertações de mestrado e teses de doutorado nas áreas da saúde, filosofia, história e geografia; manuais do Ministério da Saúde e Regulamentações sobre a doença, englobando temas como: hanseníase, evolução histórica, Mycobacterium leprae, formas de prevenção, diagnóstico e tratamento, além da análise sobre o estigma social causado pela doença.

Resultados: Durante o projeto, os materiais pesquisados confirmaram a eficácia da PQT na cura da hanseníase, através de relatos sobre a redução no número de casos nos últimos anos. Entretanto, a busca por tratamento é tardia devido ao estigma enfrentado pelos pacientes, o qual se torna um fator determinante na aceitação da doença, visto que, ela só é levada em consideração após o tratamento de outras [doenças] antes de chegar ao real diagnóstico. Por conseguinte, percebeu-se que há um déficit nos relatos a respeito da quantidade de pacientes que fazem o tratamento, tanto daqueles que iniciam e finalizam, como daqueles que o abandonam, dificultando assim a aplicação de medidas eficazes no seu combate.

Conclusão ou Hipóteses: Apesar da existência de terapêutica eficaz, há ainda um grande número de casos desta doença. Portanto, faz-se necessário desenvolver novas estratégias que aprimorem a relação entre os envolvidos (paciente, família e equipe de saúde), identificando a importância das ações individuais para o progresso do tratamento, baseando-se no âmbito social, comportamental, sem deixar de lado a saúde.




Palavras-chave


Hanseníase; Poliquimioterapia; Estigma Social

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