Ação farmacêutica no descarte de medicamentos

Gabor Matias Amon, Mirian Almeida

Resumo


Introdução: O descarte aleatório de medicamentos em desuso, vencidos ou sobras atualmente é feito por grande parte das pessoas no lixo comum ou na rede pública de esgoto, podendo trazer como consequências a agressão ao meio ambiente, além do risco à saúde de pessoas que possam reutilizá-los por acidente ou mesmo intencionalmente devido a fatores sociais ou circunstanciais diversos.

Objetivos: O objetivo do estudo foi verificar e recolher os medicamentos vencidos e não utilizados pelos pacientes em suas casas, quantificar os motivos das sobras e orientar o descarte correto.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi realizado estudo observacional analítico com as famílias acompanhadas pela ESF. Contando com o auxílio do agente comunitário de saúde, buscando alcançar mínimo de 50% das famílias cadastradas. As visitas foram realizadas entre os meses de agosto a outubro/2012. Foram registradas informações sobre a utilização de medicamentos de doenças crônicas e agudas e como o morador é acostumado a descartar esses medicamentos. Foram disponibilizadas durante as visitas materiais informativos sobre automedicação, armazenamento, interações e sobre o descarte correto de medicamentos.

Resultados: Foram visitados 617 domicílios. Os medicamentos recolhidos conforme classe terapêutica foram: anti-hipertensivos 24,17%; diuréticos 11,73%, hipoglicemiantes orais 8,25%, anticonvulsivantes 6,72% e os antibióticos 4,42%. Verificou-se que os motivos das sobras recolhidas foram: não adesão ao tratamento 53,8%; termino de tratamento 23,5%; falta de entendimento 16,7% e mudança ou suspensão do tratamento 6%. Quanto à validade: 67% estavam dentro do prazo, 31% com prazo expirado e 2% não identificável. Quanto ao destino: 59% jogam em lixo comum, 15% devolvem na UBS, 6% descartam em vaso sanitário/pia, 3% reaproveitam entre parentes e amigos e 17% disseram não haver sobras.

Conclusão ou Hipóteses: Os resultados desse trabalho mostraram que a população tem pouco conhecimento a respeito das atitudes que podem ser adotadas para realizar o descarte correto de medicamentos. Tendo em vista o alto índice de não adesão ao tratamento sugere-se a implementação do acompanhamento farmacoterapêutico.


Palavras-chave


Descarte; Medicamentos; Sobras

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