A comunicação médico-paciente na formação médica e na atenção integral e humanizada

Carla Oliveira Vinhal, Hellen Moreira de Lima

Resumo


Introdução: A comunicação fundamenta a relação médico-paciente e a prática clínica centrada no paciente. Por meio da linguagem, a dialética do cuidado estabelece perenidade da interação entre os sujeitos, direcionando cuidado integral e de qualidade. Não obstante sua importância e atualidade no contexto do HumanizaSUS, a comunicação ainda é negligenciada na formação médica.

Objetivos: Refletir acerca da percepção e da apreciação das mensagens sócio-culturalmente orientadas como instrumento de cuidado indispensável na atenção em saúde e, a partir disso, ressaltar a importância do ensino de habilidades comunicacionais nos currículos médicos.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi feita uma revisão de literatura de oito artigos científicos retirados das bases de dados Scielo, BVS, Bireme e Lilacs. Os descritores utilizados foram: formação médica, relação médico-paciente, comunicação, linguagem, atribuições de pacientes, relatos e barreiras de linguagem. Foram excluídos artigos de conteúdo muito específico ou que abordavam de maneira superficial o tema desta revisão. Esperava-se encontrar material que abordasse como o aprendizado de linguagem acessível e de comunicação eficiente e horizontal é inserido na formação de um médico comprometido com os princípios do SUS e do PNAB e, sobretudo, com a comunidade.

Resultados: Uma comunicação reciprocamente empática, respeitosa e livre de julgamentos, em que os aspectos verbal e não-verbal estão coordenados, estabelece vínculo entre médico e paciente. Além disso, a interação cultural e linguisticamente sensível contribui para a compreensão desse vínculo e de sua condição na promoção, prevenção e assistência em saúde. Esses fatores propiciam uma maior satisfação do paciente em relação ao médico e, quando necessário, uma pactuação terapêutica em que o paciente tem papel ativo, aumentando a probabilidade de adesão e aderência ao tratamento Observou-se ainda que as atribuições dos pacientes podem direcionar o diagnóstico médico.

Conclusão ou Hipóteses: A comunicação médico-paciente eficaz contribui para qualidade do cuidado. Entende-se que a integração ensino-serviço com a interação comunitária potencializa o desenvolvimento da comunicação do médico em formação. Esse futuro médico, a partir de sua capacidade de sintonia com o paciente, desenvolve clínica ampliada e atua harmonicamente em qualquer nível de atenção, sobretudo na primária.



Palavras-chave


Comunicação; Relação Médico-Paciente; Formação Médica

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