A polifarmácia em idosos em uma unidade de Estratégia Saúde da Família

Rodrigo da Silva Dias, Bruno Jucá Teixeira Marques, Flávia Maria Batista da Costa, Pedro Paulo Álvares Branco

Resumo


Introdução: Atualmente, ocorre que mais de 50% dos medicamentos são prescritos ou dispensados de forma inadequada e que 50% dos pacientes tomam medicamentos de maneira incorreta segundo a Organização Mundial da Saúde (2006). Assim, a polifarmácia, adotada como a utilização de cinco ou mais medicamentos, tende cada vez mais a se tornar um risco no meio da classe que mais utiliza medicamentos: os idosos.

Objetivos: Assim, a pesquisa possui o objetivo de expor a prevalência de polifarmácia e a partir deste resultado, delinear os principais riscos de saúde decorrentes do uso de tais medicamentos em idosos assistidos por uma unidade do Programa Saúde da Família.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, observacional e descritivo. Foram analisados 31 protocolos decorrentes de entrevistas com os idosos a cima de 60 anos cadastrados na estratégia saúde da Família do Paracurí 2, em Belém, no mês de Novembro de 2011 por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido com critérios de exclusão tais quais a presença no período das entrevistas e completo preenchimento do protocolo. O estudo estatístico foi realizado no software Excel 2007.

Resultados: Observou-se que apenas um idoso pode ser incluso dentro deste critério de polifarmácia e junto com aqueles que utilizam 4 medicamentos forma um grupo de 15% dos entrevistados com média de 1,5 remédios por idoso, diferindo de alguns trabalhos sobre o tema. Os possíveis efeitos adversos dos principais medicamentos utilizados: Os hipotensores, diuréticos e anti-inflamatórios são respectivamente insuficiência cardíaca, quedas dos dois primeiros, e irritação e úlceras gástricas,de anti-inflamatórios. A interação medicamentosa mais constante ocorre entre hipotensores e diuréticos, podendo decorrer desta a queda acentuada da pressão arterial e alterações no ECG.

Conclusão ou Hipóteses: Assim, concluímos a presença de uma baixa prevalência de polifarmácia, e os principais efeitos adversos decorrentes dos medicamentos mais encontrados são a insuficiência cardíaca e a úlceras gástricas. A principal Interação medicamentosa representa um risco com os possíveis efeitos: a queda acentuada da pressão arterial e alterações no ECG.




Palavras-chave


Polifarmácia; Idosos; Prevalência

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