A roda de conversa como recurso para educação em saúde com adolescentes

Resumo

Introdução: A adolescência é a fase onde ocorre o início das atividades sexuais de muitos homens e mulheres. O que se reflete em risco de gravidez indesejada e sua interrupção. O aborto é um tema relevante para sociedade, por envolver aspectos religiosos, legais e culturais. A execução do aborto de forma inadequada traz sérias conseqüências, não só de natureza jurídica, mas complicações com a saúde da mulher.

Objetivos: Este trabalho objetiva relatar a experiência vivenciada por um grupo de acadêmicas de enfermagem durante uma ação educativa em saúde junto a um grupo de adolescentes do Lar Fabiano de Cristo, situado no bairro do Guamá, Belém-PA.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um relato de experiência educativa realizada com um grupo de adolescentes do Lar Fabiano de Cristo no bairro do Guamá, Foi utilizado como recurso metodológico a roda de conversa com 15 adolescentes. A proposta visou a mudança que começa pelo “eu”, sujeito único que tem sua visão ímpar do mundo e que somente ele pode dizer ao outro suas percepções. O tema geral escolhido pelo grupo de adolescentes foi o aborto, onde foram abordados os tipos de aborto, as consequências biofísicopsicossociais e questões jurídicas sobre o assunto e o uso de contraceptivos como forma de evitar um futuro aborto. Os participantes tiveram um espaço para relatar experiências e questionar sobre o tema.

Resultados: Verificou-se uma participação efetiva ao que era exposto. A maioria já conhecia algum método abortivo, mas as consequências provocadas por cada método eram freqüentemente desconhecidas. Os adolescentes durante maior parte da ação expuseram suas experiências e opiniões. Para eles essa metodologia proporcionou uma maior confiabilidade para retirar dúvidas e expressar seus pensamentos. Mostrando dessa forma, que a atividade desenvolvida teve avaliação positiva pelos adolescentes. O relato faz-se relevante para o grupo quanto à utilização da roda de conversa como recurso para educação em saúde valorizando a participação e o protagonismo do adolescente, bem como a integração do educador/educando.

Conclusão ou Hipóteses: A atividade educativa foi fundamental no âmbito de conhecimento para ambas as partes, visto que surpreendeu a quantidade de adolescentes que conheciam não só os métodos do aborto, mas muitos amigos que ja haviam feito. E para eles, verificou-se a importância de exclarecer dúvidas sobre o tema, incentivando o uso de anticoncepcional, a fim de minimizar futuros abortos e os riscos que possam trazer.