A influência do ambiente de lazer no rendimento acadêmico em crianças

Mauro Henrique Nascimento Ramalho Filho, Pedro Gomes Pinto Holanda, Pedro Duarte Barreto Castillo, Raíssa Debora Mendonça, Paulo Alberto Cosquillo Valdivia

Resumo


Introdução: Os problemas de aprendizagem compreendem dificuldades de ler, escrever e acompanhar disciplinas. Parte dos transtornos só é percebida quando a criança entra na escola, incluindo problemas no sistema de ensino e influências ambientais. Contudo, o fato dos problemas de aprendizagem estarem relacionados à fatores biológicos e sociais, torna a detecção dos mesmos, importante para a condução do aluno.

Objetivos: Com o presente estudo, buscamos avaliar o desempenho acadêmico comparando com a evolução de suas habilidades psicossociais, a partir da mensuração de suas notas comparando com o local que preferem brincar, seja esse a rua ou dentro de casa.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O presente estudo se apresenta na forma observacional analítica do tipo transversal. Inicialmente, contava com uma amostra de 86 crianças, posteriormente reduzida para 57 crianças, onde todas deveriam estar matriculadas no turno da manhã em uma escola pública da cidade de Fortaleza pré-determinada e deveriam pertencer à faixa etária entre seis e doze anos de idade. Foi aplicado um questionário sobre a vida social, escolar e cognitiva dessas crianças, onde foi comparado a socialização, através do “brincar”, com o desempenho escolar das mesmas. Perguntas como: “Onde você brinca: na rua ou em casa?” foram formuladas e as respostas foram analisadas estatisticamente através do programa SPSS.

Resultados: Das 57 crianças envolvidas em nosso projeto, 31 responderam que preferiam brincar na rua enquanto 26 responderam que preferiam ficar em casa. Ao compararmos o desempenho acadêmico das crianças que brincavam em casa, encontramos que 20 possuíam notas satisfatórias na escola (76,9%) com uma média por aluno de 7.41, já os jovens que faziam suas atividades na rua, 26 (83,8%) possuíam notas satisfatórias e sua média era de 7.95 (p = 0,019).

Conclusão ou Hipóteses: Podemos concluir que crianças que praticam brincadeiras na rua possuem um desenvolvimento psicomotor e rendimento escolar superior em relação àquelas que restringem suas brincadeiras ao âmbito residencial. Devido a uma pequena amostra desse estudo, novos estudos prospectivos com amostras mais expressivas devem ser realizados para comprovar os resultados encontrados na literatura.


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