Diz-me com quem andas e te direi o que comes

Viviane Xavier de Lima, Erika Siqueira da Silva

Resumo


Introdução: No tratamento das doenças crônicas acompanhadas na Estratégia Saúde da Família se inclui mudanças no estilo de vida, entre elas a modificação do padrão dietético. Muitas vezes, o alimento danoso representa memória afetiva valiosa ao indivíduo, dificultando a substituição por alimentos associados a “comida de dieta”. Porém, novos significados podem ser criados, a partir de vivências coletivas.

Objetivos: Esta experiência objetivou oportunizar, ao portador de doenças crônicas, a ressignificação do alimento, criando memória afetiva agradável, relacionada a “comida de dieta”. Ademais, a equipe de saúde da família teve a oportunidade de melhorar o padrão dietético, consequentemente, seu auto-cuidado.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A partir de atendimentos médicos individuais na Unidade de Saúde da Família, foram identificados usuários portadores de doenças crônicas com dificuldade de adequação dietética. Estes usuários foram convidados a participar das oficinas de alimentação saudável, na própria Unidade de Saúde da Família. As oficinas têm periodicidade mensal e nelas profissionais e usuários preparam alimentos saudáveis e saborosos, num clima lúdico. Durante o processo, informalmente, são debatidos os mais diversos aspectos da alimentação saudável, desde sua composição, até a propaganda de alimentos, a influência do poder aquisitivo no padrão alimentar, as dificuldades em mudar a alimentação e como superá-las.

Resultados: Os usuários avaliam como muito positiva a participação e tem se tornado sujeitos ativos, sugerindo temas e receitas. Afirmam ser mais fácil mudar a alimentação a partir das oficinas. A equipe percebe que seu vínculo com os usuários participantes se estreitou bastante. Como dificuldade, mantém-se o custeio dos insumos para as oficinas, que tem sido rateado entre os trabalhadores.

Conclusão ou Hipóteses: É possível ressignificar a alimentação saudável de uma forma lúdica para pacientes portadores de doenças crônicas que exijam modificação dietética. Os trabalhadores envolvidos na ação são beneficiados no seu próprio auto-cuidado e na maior proximidade com os usuários, o que reduz a possibilidade de tensões.

 




Palavras-chave


Hábitos Alimentares; Medicina de Família e Comunidade.

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