Diferencial das equipes de saúde da família para diagnóstico de doenças psicossomáticas

Ana Tereza Parahyba Asfor, Ana Beatriz Cavallari Monteiro, Luma Taveira Nunes, Ize Melo Amaral, Olivan Silva Queiroz

Resumo


Introdução: Transtornos Conversivos se caracterizam por alterações funcionais na motricidade ou sensibilidade do paciente, de forma desintencional, sem que aja comprometimento anatômico. Nos Transtornos Factícios, o paciente simula uma doença física ou mental devido à necessidade de obter atenção. O diagnóstico diferencial entre esses transtornos e doenças orgânicas se faz essencial na prática clínica.

Objetivos: Demonstrar as vantagens do uso de instrumentos de auxílio, como genogramas, ecopamas e prontuários familiares, na Atenção Primária à Saúde (APS) para o diagnóstico diferencial de Transtornos Conversivos, Transtornos Factícios e Doenças Orgânicas pelas equipes de Saúde da Família.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Diariamente, diversos pacientes buscam a cura ou o alívio de sintomas por meio da APS. Entretanto, muitos referem sintomas sem uma base orgânica correspondente, porém psicossomática. Através do acompanhamento semanal de consultas médicas em postos de saúde locais, os membros da Liga de Medicina de Família e Comunidade de Sobral tiveram a oportunidade de vivenciar casos em que foi necessário o uso de instrumentos que facilitassem o diagnóstico diferencial entre doenças de causas orgânicas, Transtornos Conversivos e Transtornos Factícios. O uso de genogramas, ecomapas e prontuários; a realização de exames físicos bem executados e a vantagem da longitudinalidade da APS foram observados.

Resultados: Durante consultas médicas, observou-se que, aliado a uma história clínica bem colhida, um exame físico detalhado permite eliminar causas orgânicas em grande parte dos casos. Por outro lado, o uso de ferramentas de auxílio, como genogramas – instrumentos de coleta de dados, por meio de simbologia própria, sobre estrutura e relação familiar – e ecomapas – que expressam a relação entre indivíduo e suas atividades na sociedade – permite o conhecimento integral do indivíduo e de sua realidade, associado ao acompanhamento longitudinal - com prévio conhecimento de doenças físicas e mentais -, facilita o reconhecimento de pacientes que somatizam sintomas e guia o médico à conduta correta.

Conclusão ou Hipóteses: A somatização de sintomas, comum entre os serviços da APS, dificulta condutas diagnósticas e terapêuticas; além de aumentar os custos para o sistema. Dessa forma, o acompanhamento longitudinal aliado ao uso das ferramentas descritas poupariam prescrições medicamentosas e encaminhamentos médicos desnecessários – contribuindo para a otimização dos serviços de atendimento primário à saúde.





Palavras-chave


Saúde da Família; Diagnóstico; Transtornos Mentais.

Texto completo:

Sem título

Apontamentos

  • Não há apontamentos.