Medilhaço: médicos palhaços - acadêmicos de Medicina da UFAC iniciando no paliativismo

Rafaela Feitosa Anselmi, Régia Beltrão Teixeira, Tarcísio Andrade de Souza, Guilherme Viana Barbosa, Sandra Márcia Carvalho de Oliveira

Resumo


Introdução: O ambiente hospitalar é visto como um lugar de apreensão, preocupação e sua estrutura remete a lembrança da doença. A fim de modificar essa concepção criou-se o MEDILHAÇO, um programa que consiste em visitas ao Hospital da Criança para tornar esse ambiente mais descontraído e acolhedor, procurando integrar os acadêmicos à comunidade, ampliar a relação médico-paciente, humanizar e sensibilizar.

Objetivos: Promover a alegria e o bem-estar através do riso e auxiliar nas necessidades afetivas, emocionais, sociais e culturais de crianças hospitalizadas, que são mais vulneráveis aos transtornos de uma internação hospitalar. Além de tornar o ambiente hospitalar mais informal, descontraído e acolhedor.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Os coordenadores do programa e convidados ministraram workshops e palestras sobre arte clown, música, desenho e didática infantil, nos quais foram ensaiadas estratégias e scripts a fim de capacitar os 18 integrantes do programa (acadêmicos de medicina) para as visitas. Estas ocorreram uma vez por semana, com duração de 4 horas cada, totalizando 26 em um ano, e foram realizadas por seis participantes por vez, devidamente caracterizados como médicos-palhaços, com roupas coloridas e jalecos customizados, além de maquiagem característica individual. Foram desenvolvidas, nos espaços disponíveis, atividades de artesanato, música e teatro, bem como brincadeiras com as crianças em seus quartos.

Resultados: Através da análise dos relatórios das visitas realizadas e do contato com aproximadamente 980 crianças que participaram das atividades, percebemos que o programa foi bem aceito e que elas criaram um vínculo com os participantes, demonstrando a cada semana mais interesse em participar das atividades propostas. Evidenciamos ainda que tornando o ambiente hospitalar descontraído, foi possível uma melhor aceitação do tratamento, tendo em vista que as brincadeiras desviavam a atenção delas, proporcionando momentos de prazer e afetividade. Além disso, percebemos que o programa favoreceu a humanização da relação dos profissionais da saúde e dos participantes com as crianças e seus familiares.

Conclusão ou Hipóteses: Os objetivos foram atingidos e o programa se mostrou relevante por conseguir demonstrar a importância da humanização na relação médico-paciente e por promover a alegria no ambiente hospitalar, ajudando tanto pacientes quanto acompanhantes a terem expectativas mais positivas durante o período de internação. Evidenciou-se a necessidade de dar continuidade às atividades, aprimorando-as a cada edição.

 


Palavras-chave


Arte-Clown; Médicos-Palhaços; Humanizar

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