Matriciamento e atendimento conjunto em saúde mental: estratégias para ampliação de olhares

Tania Duque Lopes

Resumo


Introdução: A Atenção Básica tem como premissa manejar as necessidades do território. A grande prevalência de sofrimento psíquico constitui um desafio e faz-se necessário o suporte de profissionais da saúde mental. O apoio matricial tem sido utilizado como um suporte de retaguarda assistencial e apoio técnico pedagógico com o objetivo de ampliar e qualificar as ações dos profissionais.

Objetivos: O objetivo é apresentar algumas estratégias que podem ampliar a visão dos profissionais de saúde em relação às questões de saúde mental, dentre elas: o atendimento em conjunto, avaliação da história de vida, instrumentos como o genograma que facilitam o entendimento e a escuta qualificada.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Os profissionais das equipes da Atenção Básica geralmente têm grande dificuldade com os casos que envolvem questões de doença mental. Equipes Isoladas, sem suporte, podem: adoecer, negar essas questões, ter um aumento do sofrimento na sua região, etc. Os profissionais de Saúde Mental têm como objetivo trabalhar com esses profissionais de saúde a difícil tarefa de lidar os pacientes com sofrimento psíquico. Por outro lado, a demanda é por atendimento através do encaminhamento. Como não tornar-se mini-ambulatórios? Logo, estar dentro das equipes se torna um embate cotidiano contra os modelos hegemônicos e arranjos como o matriciamento pode contribuir com essa tarefa.

Resultados: As experiências com o fazer junto, por meio de atendimentos em conjuntos, grupos com outros profissionais da saúde tem tido resultados interessantes na modificação gradual do olhar e do fazer dos profissionais em relação aos transtornos psíquicos e do próprio sofrimento psíquico, ou até mesmo, na critica do que é patológico ou sofrimento, e qual o contexto de sua produção, inclusive modificando a relação com os serviços de referência. Porém, esse modo de fazer tem sido gravemente ameaçado por uma não prioridade de recursos a Atenção Básica e falta de diretrizes para sua implementação, o que torna mais difícil sustentar “essa estratégia” dentro das unidades.

Conclusão ou Hipóteses: Essas estratégias tem tido resultados positivos, porém o matriciamento requer investimentos e diretrizes. Vários arranjos como o do encaminhamento, queixa-conduta são questionados e é fundamental o apoio da gestão. Porém, esse modo de fazer tem sido gravemente ameaçado por uma não prioridade de recursos a Atenção Básica, o que torna mais difícil sustentar “essa arranjo” dentro das unidades.


Palavras-chave


Saúde Mental; Atenção Básica; Matriciamento

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