Levantamento epidemiológico da cárie: reconhecendo a prevalência em escolas públicas

Glória Iara dos Santos Barros, Marcio Eduardo Brotto, Sandra Alves

Resumo


Introdução: O reconhecimento da cárie e de sua prevalência em escolares destaca-se como elemento da abordagem. No contexto de intervenção da Estratégia Saúde da Família, esse reconhecimento é fundamental para o planejamento das ações educativas, que orientem sobre a necessidade de diminuição da ingestão de alimentos cariogênicos, bem como de uma higiene bucal contínua e adequada.

Objetivos: Apresentar os dados referentes ao levantamento epidemiológico em escolares com cáries, através da abordagem de três escolas públicas localizadas no bairro da Ilha da Conceição, em Niterói/RJ, no período de julho a agosto de 2012.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Considerando a escola como espaço de aprendizagem e de interlocução com o serviço de saúde, a proposta de trabalho apresentada desencadeou um planejamento para execução das atividades, que contou com a participação de professores e apoio do SESC. Foram realizadas escovações, orientações pedagógicas, acrescidas do exame bucal em escolares com faixa etária entre 03 e 16 anos, em períodos de estudo distintos, sendo envolvidos, 704 estudantes.

Resultados: A realidade encontrada é preocupante. Dentre os diversos índices que chamam a atenção destacam-se: na faixa etária de 03 a 06 anos há 50% de crianças com cárie; entre 06 e 09 anos há 68,3% com cárie e de 10 a 16 anos 42% com cárie. Há um alto percentual de cárie profunda e de perda precoce de dentes decíduos e permanentes. Constata-se que a maioria de escolares são moradores da Ilha da Conceição e muitos nunca foram ao dentista, o que demonstra distanciamentos entre serviço e população. Percebemos a importância de traçarmos uma estratégia de atenção à saúde dessas crianças, fortalecendo a intersetorialidade entre as políticas e serviços, bem como o planejamento de ações contínuas/ampliadas.

Conclusão ou Hipóteses: O levantamento serve de alerta e uma das possíveis estratégias seria reforçar a atenção odontológica à gestante, bem como realizar atividades educativas periódicas nas escolas, com abordagem aos responsáveis. Percebemos a necessidade urgente de tratamento odontológico de muitas crianças, sendo que, os casos mais severos, devem ter prioridade no atendimento.

 


Palavras-chave


Saúde Oral; Educação; Intersetorialidade

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