Estudo sociodemográfico-ambiental e condições de saúde dos ribeirinhos do rio Pajeú - PE

Izabela de Sousa Pereira, Camila de Alencar Rodrigues, Alaídes Priscila de Mélo Martins, Luciana de Matos Andrade

Resumo


Introdução: O rio Pajeú tem regime fluvial temporário e localiza-se na região fisiográfica do Sertão de Pernambuco, configura-se como a maior bacia do Estado. A sua área de drenagem envolve 27 municípios, sendo, 16 destes estão totalmente inseridos na bacia. Este recurso hídrico continental é de suma importância para as comunidades ribeirinhas com diversos usos múltiplos, mas com fortes ações antropogênicas.

Objetivos: O presente trabalho objetivou realizar um diagnóstico sociodemográfico-ambiental das comunidades ribeirinhas de três municípios inseridos na bacia do rio Pajeú - PE, bem como avaliar suas condições de saúde.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A coleta de dados foi realizada entre janeiro e dezembro/2012, com 26 famílias da zona rural, oriundas de três municípios pernambucanos: Calumbi, Floresta e Serra Talhada. Foi aplicada a técnica de raporte, com intuito de adquirir a confiança da comunidade, além de entrevistas abertas, bem como foi aplicado formulários semiestruturados, com perguntas objetivas e discursivas, baseadas em três blocos: 1. Dados sociodemográficos; 2. Características de saúde da família; 3. Percepção ambiental.

Resultados: A média de idade 46,6 anos (76,92% mulheres; 23,08% homens), 23,08% analfabetos, renda R$70,00 a R$1.800,00, agricultores: 46,15%. Domiciliados (88,46%) em casas alvenaria; 100% cobertas com telhas barro; 73,08% piso cimento; 100% energia elétrica; 34,62% fogão a lenha; 26,92% banheiro externo; 80,77% utilizam água diretamente do rio, e 42,15% consomem água sem tratamento; esgoto livre: 46,15%; lixo: 76,92% queimado. Margens do rio sofreu alteração: 61,54% responderam que sim. Visitas agentes de saúde: 46,15% afirmaram que não. Doenças frequentes: respiratórias (69,23%), veiculação hídrica (60,27%), hipertensão (57,69%) diabetes (34,62%), dermatoses (26,92%) e hipercolesterolemia (15,38%).

Conclusão ou Hipóteses: A situação sociodemográfica-ambiental dos ribeirinhos é de baixo poder aquisitivo, sem saneamento, sendo mais acometidos por doenças respiratórias e veiculadas pela água. Assim, faz-se necessário fomentar políticas públicas para proporcionar qualidade de vida, aumentar a assistência básica, bem como ações de educação ambiental voltadas para os recursos hídricos, manejo do solo e da mata ciliar.

 




Palavras-chave


Doenças Veiculadas Pela Água; Comunidades Ribeirinhas; Recursos Hídricos

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