Vivenciando a sistemática de referência e contrarreferência em um hospital de ensino

Manuela Filter Allgayer, Camila Braga Derlan, Bianca Mossmann Ghignatti, Janine Koepp, Daniela Teixeira Borges, Maribel Josimara Bresciani

Resumo


Introdução: No puerpério devem-se proporcionar ações que favoreçam o crescimento e o desenvolvimento saudável das crianças, sendo a puericultura uma forma de avaliar este processo. O retorno das puérperas ao serviço de saúde deve ocorrer de 7 a 10 dias após o parto, visando, a diminuição do nível de morbidade e mortalidade da puérpera e do recém-nascido.

Objetivos: Avaliar o sistema de referência e contrarreferência, analisando a qualidade que permeia este sistema e possíveis agravos não identificados no serviço implantado entre a Rede Pública Municipal de Saúde e a instituição hospitalar.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo descritivo exploratório, relativo às ações realizadas na maternidade de um hospital de ensino do Vale do Rio Pardo, na cidade de Santa Cruz do Sul/RS articuladas ao projeto interdisciplinar PET Saúde: Redes de Atenção, subgrupo Rede Cegonha. Foi realizada a análise dos prontuários hospitalares das puérperas, de janeiro à dezembro de 2012, encaminhados da rede: Unidades Básicas de Saúde, Estratégias de Saúde da Família e centro materno-infantil e, confrontados com os dados das carteiras de pré-natal, sendo investigados apenas, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), avaliando assim, a efetivação do serviço no município relacionado às consultas de puericultura.

Resultados: A maternidade conta com 22 (62,86%) leitos SUS, no período do estudo foram atendidas 1.115 puérperas encaminhadas pela atenção básica e por serviços especializados em atendimento de gestantes de alto risco. Os recém-nascidos de alto risco foram encaminhados ao Programa Bem-me-quer. Do total de partos realizados no período do estudo, 750 consultas de puericultura foram agendadas nas unidades de atenção primária, sendo que 149 foram encaminhadas a Assistente Social, por ser inviável marcar consultas nos finais de semana. Foi observado que 182 recém-nascidos estavam na Unidade de Terapia Intensiva ou na Unidade de Cuidados Intermediários o que impossibilitou o imediato encaminhamento.

Conclusão ou Hipóteses: As consultas agendadas garantem a assistência, além de realizar a prevenção e promoção em saúde, de acordo com os princípios da Rede Cegonha e do SUS, junto ao planejamento e implementação de ações sobre a importância da puericultura para o acompanhamento do crescimento, desenvolvimento psíquico-locomotor, entre outros aspectos.




Palavras-chave


Recém-Nascido; Puericultura; Maternidade.

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