Utilização de sistemas de informações em saúde no ensino da Medicina

Arthur de Almeida Vieira, Lara Cochete Moura Fé, Lohrane Rosa Bayma, Rosa Carmina Sena Couto

Resumo


Introdução: Mediante a introdução de estratégias que fortalecem a coleta de dados e de processos de pactuação dos indicadores na área da saúde, houve uma priorização governamental da informação em saúde na análise e planejamento de políticas públicas. Paralelamente, ocorreu uma adequação curricular nacional no curso de medicina, que visa ressaltar aos discentes a importância da prevenção na Atenção Primária.

Objetivos: Destacar a necessidade do acesso a dados epidemiológicos obtidos por meio dos sistemas de informação gerenciados pelo Ministério da Saúde no ensino do módulo de Atenção Integral à Saúde (AIS) no segundo semestre do curso de Medicina da Universidade Federal do Pará.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Como parte do plano de ensino do segundo semestre do módulo de AIS da Faculdade de Medicina da UFPA, posteriormente as aulas sobre promoção e prevenção em saúde, foram formados grupos de três a quatro alunos para a apresentação de seminários sobre programas prioritários da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Os temas incluídos foram os programas de tuberculose, hanseníase, câncer de colo do útero, diabetes, hipertensão e imunização, e deveria ser escolhido um município paraense por grupo para a análise de dados demográficos, epidemiológicos e indicadores municipais do programa estudado, utilizando-se do banco de dados do IBGE, DATASUS e SISPACTO.

Resultados: Para a elaboração dos seminários, foram selecionados os municípios da área de impacto direto da hidrelétrica de Belo Monte, para a utilização dos dados coletados em futuras avaliações sobre os impactos da obra. Entretanto, os discentes tiveram duas dificuldades na realização dos relatórios: dificuldade do uso dos sistemas de informações e dos bancos de dados dos programas referidos e inexistência de diversos dados nessas fontes. O foco dos seminários, portanto, teve que mudar para Belém, por ser uma cidade com uma rede de saúde mais desenvolvida do que os municípios anteriormente selecionados, evidenciado certa falha nesses sistemas.

Conclusão ou Hipóteses: Os sistemas de informação em saúde, embora coletem uma grande diversidade de dados, ainda não cumprem devidamente seu papel de disponibilizar essas informações para os profissionais da área, pela falta de simplicidade na busca por dados e pela inexistência de informações; indicadores da falta de articulação entre o Ministério de Saúde e secretarias municipais de saúde.


Palavras-chave


Atenção Integral à Saúde; Sistemas de Informações em Saúde; Epidemiologia

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