A situação da tuberculose no sistema prisional brasileiro

Daniel Souza Sacramento, Daive Paula Coimbra, Ana Carolina Scarpel Moncaio, Altair Seabra de Farias, Pedro Fredemir Palha

Resumo


Introdução: A população prisional brasileira, que representa 0,2% da população geral, contribuiu, em 2008, com 5% dos casos notificados de tuberculose no país. As condições sociais e econômicas dos detentos, mesmo antes da prisão, o ambiente penitenciário, bem como, o acesso aos serviços de saúde na prisão, constituem fatores para a alta endemicidade da doença nesta população.

Objetivos: Analisar a produção científica sobre a tuberculose no sistema prisional brasileiro.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, método que sumariza a literatura teórica ou empírica anterior para prover o entendimento compreensivo de um problema relacionado à saúde. O percurso metodológico seguiu as seguintes etapas: definição dos objetivos e tema norteador, estabelecimento dos critérios de inclusão da amostra, seleção dos dados extraídos das pesquisas selecionadas, análise, discussão e apresentação dos resultados. O levantamento bibliográfico foi realizado na base de dados Lilacs (Literatura Latino-americana e do Caribe) utilizando os seguintes descritores: tuberculose, prisões, diagnóstico. Os artigos recuperados foram analisados minuciosamente e categorizados.

Resultados: Foram selecionados 10 artigos publicados em português entre 2004 e 2012, sendo classificados: 70% como artigo original, 20% editorial e 10% nota. Quanto ao tipo de estudo, 60% eram descritivos, 20% de opinião, 10% observacional e 10% informe técnico. Cadernos de Saúde Pública (30%) e Revista de Saúde Pública (20%) foram os periódicos com maior produção científica sobre tuberculose prisional. Sessenta por cento das pesquisas foram realizadas no sudeste do Brasil, abordando principalmente a tuberculose latente e ativa, incidência e prevalência da doença, bem como, a dificuldade de diagnóstico e tratamento devido às condições de vida da população privada de liberdade.

Conclusão ou Hipóteses: Os estudos revelam que, no Brasil, embora os profissionais de saúde ligados ao sistema carcerário considerem, por sua experiência, que a tuberculose é um grande problema entre os detentos, sua magnitude é pouco conhecida pela ausência, na maioria, dos estados de programas específicos de vigilância epidemiológica, assim como, de qualificação dos profissionais de saúde dos presídios.






Palavras-chave


Tuberculose; Prisões; Diagnóstico.

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