Repensando a educação permanente em saúde: curso introdutório ESF

Vanessa Rocha Sbizzaro, Fernando Correia da Silva, Ariane Fattah Caldini, Fabiola Daniele Correia, Elizabete Reis

Resumo


Introdução: O Curso Introdutório aos profissionais da ESF atende a Portaria no 2.527, de 19/10/2006- MS, e caracteriza-se por um momento que inaugura a educação permanente e as bases necessárias para o processo de trabalho dos profissionais, sendo assim revela-se um momento desafiador dadas as diferentes formações, experiências e expectativas trazidas pelos participantes.

Objetivos: Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de um grupo de facilitadores sobre a reformulação do conteúdo e metodologias do Curso Introdutório à Saúde da Família.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Os facilitadores do curso, atuam no setor Educação Permanente em Saúde da APS Santa Marcelina. A equipe tem formação distintas sendo composta por enfermeiros, médicos e nutricionista. O curso é realizado mensalmente e tem carga horária de 40 horas; e as propostas educativas são norteadas pelos princípios da andragogia e problematização. Utilizam-se também dinâmicas, rodas de conversa e propostas de construção coletiva, provocando o trabalho em equipe e proporcionando o exercício de uma atuação interdisciplinar e interprofissional. O conteúdo trabalhado aborda políticas públicas de saúde , além de outros temas pertinentes ao cotidiano da ESF.

Resultados: Um ponto fundamental foi reformulação do conteúdo programático, antes estático, hoje mutável a cada encontro. Isso requer do facilitador, habilidade enquanto educador e sensibilidade para perceber as respostas do grupo e efetivar um modelo que permita a construção coletiva do saber; em virtude dessa proposta, surge um 2º desafio: a hierarquização do saber com prevalência do saber técnico sobre as vivências trazidas do cotidiano do trabalho que se estabelece não mais relação educador educando, mas nas relação de trabalho entre técnicos e não técnicos, com diferentes graus de formação perceptíveis neste processo a partir da relação reação observada entre os ACS e outros profissionais.

Conclusão ou Hipóteses: A mediação das relações humanas foi um dos principais desafios. Para superá-lo, a educação permanente deve trabalhar a aquisição das quatro dimensões da competência profissional: saber, fazer, ser e conviver; sendo esta última essencial para desenvolver as equipes da ESF.


Palavras-chave


Educação Permanente em Saúde; Andragogia; Estratégia de Saúde da Família

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